GRAN TORINO
Um homem veterano da Guerra da Coreia possui nojo de asiáticos. Além disso, com seu jeito entrucado de ser, não possui um bom relacionamento com seus familiares, que somente querem suas riquezas ou seu bem material mais precioso: um Gran Torino 1972.
O seu asco com chineses defronta a realidade de que estão em sua vizinhança. O filme impressiona ao demonstrar as dicotomias culturais presentes na terra da liberdade, em que os homens se encontram em gangues, devido os empregadores não os contratar, e as mulheres até que conseguem encontrar casa nas faculdades.
Tao é um menino chinês, hmong ou "ramongue", muito inteligente, mas que é assediado constantemente pelo seu primo "aranha", que pertence à gangue dos chineses.
Devido pressão, Tao aceita o assédio e sua primeira missão é roubar o Gran Torino de seu vizinho. Ao tentar roubá-lo, Sr. Walt ou Wazalski, o veterano da guerra da Coreia, o encontra, com o fuzil empunhado. Tao consegue fugir após o veterano cair.
Porém, além de patriota, Walt é "macho". Ao passar pelas ruas de seu bairro com sua caminhonete branca e sua cadela Daisy, defronta com um grupo de negros assediando uma moça asiática, enquanto seu "ficante", típico americano, olha e faz nada, e ainda fica dizendo "nigga", como se fosse negro. Walt para com seu carro na esquina, faz arminha com a mão e aponta para os três. Eles riem e o chamam de louco. A menina está atrás dos babacas, quando Walt puxa um "trambuco", os idiotas a soltam.
No carro, a menina, Suh, agradece Walt por tê-la salvo, e ele a recomenda nunca mais andar com esses "frouxos", tal como Tao.
No outro dia, a vizinhança o enche de oferendas por considerá-lo "herói", e ele joga tudo fora: "eu vou querer coisa dessa gente".
Suh e Walt acabam se conhecendo mais, e ela o convida para uma festa em sua casa, um churrasco. Lá, o choque cultural é nítido. Se olhar no olho, é desrespeito (quando, para Walt, olhar no olho é algo fundamental numa conversa e para conhecer alguém) ; passar a mão na cabeça é algo rude ; acho que também não se pode apertar as mãos (que para Walt é a forma de um homem se apresentar)
No churrasco, o Ancião da família de Suh conta que não tem felicidade no coração de Walt, ele é sozinho e possui vários problemas. O veterano sobe, após tossir sangue, e percebe que possui mais em comum com os asiáticos do que com a própria família. Seus familiares queriam somente herdar os bens materiais.
o meio dessa história tem um padre. O filme começa com a esposa de Walt falecendo, a mulher mais importante de sua vida. Ela, chamada de Dorothy, havia feito o padre prometer que cuidaria de Walt e o faria confessar. Todos os dias, ou semanas, ou na maior parte do tempo, o padre tentava cumprir a promessa que fez a Dorothy, mas Walt nunca cooperou. O veterano disse ao padre que nunca entenderia da morte, e que "o que mais atormenta um homem é a sua própria consciência".
Após o churrasco que Walt participa, a família de Tao o faz trabalhar para ele, como forma de se desculpar por ter tentado roubar seu carro. O velho jamais aceitaria isso, mas por pressão, cede.
Tao supera as expectativas. A gangue continua o incomodando, mas ele continua. Walt o ensina a fazer várias coisas, apesar de começar o fazendo contar os passarinhos na árvore. No fim, Walt o recomenda para um emprego na área da Construção, para que pudesse namorar uma "Wang Wang" que estava de olho nele no Churrasco. Walt o leva no barbeiro para "falar como homem", na loja de construção para comprar os materiais, e o leva na entrevista de emprego. Tudo dá certo, até que a gangue aterroriza Tao mais uma vez, e quebra suas ferramentas e queima sua bochecha com ponta de cigarro.
Walt, revoltado, vai ate a casa da gangue, arrebenta a cara de um integrante, e fala para nunca mais aterrorizarem Tao, Suh e sua família.
Porém, eles se vingam. Atiram toda a casa de Tao, e estupram e batem na Suh.
Antes disso, Walt havia emprestado o Gran Torino para Tao, pois queria que ele fosse ao encontro com "Wang Wang" no melhor estilo.
Porém, com tudo que ocorreu, Tao só queria se vingar. "É isso que eles querem Tao. Na guerra, você aprende que não é assim."
Walt pede para que Tao se acalme e volte às 16 em sua casa. O velho veterano, enquanto o tempo não chega, vai ao barbeiro, faz um terno sob medida, e se confessa ao padre por ter dado um selinho numa moça, ter vendido um barco sem pagar imposto e por não ser próximo de seus dois filhos. Após 10 ave maria e 5 pai nosso, Walt volta para casa e encontra Tao lá. Lhe dá uma medalha de Honra, quando o veterano cumpriu uma honrada missão de guerra, e confessou a Tao o trauma que é matar um homem. Após isso, o prende no porão, deixa Daisy com a avó de Tao, liga para Suh para avisar como entrar na casa e de que seu irmão estava preso, e vai atrás da gangue.
Eu achava que iria com seus amigos veteranos, algo assim.
Ele para sozinho na frente da casa, chama todos de idiotas, frouxos, e tira sua arminha de mão e aponta para todos. Todos sacam as armas. Walt põe a mão rapido no casaco, e todos acharam que era uma arma, então o fuzilam por completo. Walt cai morto no chão, com seu isqueiro da 1° Cavalaria de Guerra, que ganhou enquanto estava na Coreia.
Todos são presos e nada mais aterrorizaria a família de Tao.
Após o velório de Walt, na hora do testamento, ele deixa a casa para a Igreja, como Dorothy iria querer, e entrega seu Gran Torino a quem tentou o roubar, mas se redimiu e mostrou ser, além de "macho", o verdadeiro amigo de Walt: o Tao.
A família de Walt fica entrigada, e ganha nada do velho veterano.
O filme acaba com Tao e Daisy no Gran Torino.
Uma obra prima de Clint Eastwood, mais uma que vem para o blog.





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