QUANDO BOLSONARO SERÁ PRESO?

Em torno das sistêmicas crises do capital, o espírito do fascismo ronda todo o mundo. 

No Brasil, a maior encarnação da extrema-direita é Bolsonaro, que irradiou em um movimento político bem singular, sem partido, sem autodeclarados expoentes, mas com cara e corpo exposto: o bolsonarismo. 

Uma tentativa falha de Golpe de Estado culminou na prisão de Mauro Cid. Sua delação deflagrou inúmeros esquemas criminosos por parte de Jair Bolsonaro e seu curral de apoiadores, mas o preso, por agora, foi Braga Netto e Mauro Cid. 

Quando que o líder da operação será preso? Por mais, não importa, pois Bolsonaro permanece vivo na mente de diversos políticos na Bancada e na de milhões de brasileiros. 

Como isso foi acontecer? Quando a esquerda petista trocou a classe operária pelo poder político. Enaltecida pelos movimentos populares, cuja pujança política foi esfacelada com Lava Jato e Mensalão, o PT abandonou de sanar o maior desejo de qualquer trabalhador no Brasil: o desejo de comer e a sensação de estar seguro. 

"Se está caro, come outra coisa", e "mais um tiroteio acontece na região metropolitana do Rio de Janeiro" são potências para a vitória de mais um que diz ser "contra tudo isso que tá aí, ok", e se autodenominando a "mudança".

Quando a esquerda institucional aprender o básico: policial é trabalhador precarizado; operário quer comer e se sentir seguro; pautas identitárias estão em último plano, talvez retomem a vencer eleições para o Executivo.

Nos costumes, o Brasil não é a Europa, e nunca será; talvez em Luxemburgo Érica Hilton pudesse ganhar uma eleição como Presidente. Brasileiro quer saber se de noite vai conseguir jantar ou sair para trabalhar sem ser assaltado: pelo jeito, ainda é uma utopia esse cenário.

Um comunista é um visionário que, nas nuances do capital, assume a postura de destrui-lo. 

A verdade é nua e clara, e a realidade material que assumimos hoje é devido a assimilação do neoliberalismo no Banco Central e em todos os ministros da fazenda que passaram pelo país pós Fernando Collor. 

"Precisamos cortar gastos", "gastar menos que arrecada", "promover austeridade fiscal", "aprovar arcabouço fiscal", são todos jargões desta política que sufoca os brasileiros na miséria.

Tudo isso precisa mudar, e a esperança é o primeiro passo da revolução. O como está nítido, basta algum líder político aceitar a realidade. 

Por enquanto, Mauro Cid e Braga Netto foram jogados aos Leões... mas, acredito que, quando for a vez de Bolsonaro, seja tarde demais para exorcizar o espírito da extrema-direita do país.

Vídeo no Canal O Filosofar

Mauro Cid após ter sua prisão declarada

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