ANDOR: A VERDADEIRA HISTÓRIA STAR WARS
Quem é a Aliança Rebelde? O que o Império queria? Essa resenha pretende entender, de maneira breve, qual a verdadeira essência de Star Wars, para além da franquia principal.
A rebelião possui seus rostos conhecidos: Luke Skywalker, Obi Wan, Leia, Yoda, Han Solo, C3PO, e alguns outros.
Nos prequels vemos que a ameaça fantasma, o terror imperial, estava sendo construída nas sombras, e alcançou seu ápice na transformação de Anakin, como o Jedi escolhido, para Darth Vader, um Sith que iria construir a Estrela da Morte. Nos clássicos episódios IV, V e V, embarcamos na jornada do Herói de Luke, que iria destruir a Estrela da Morte e depois derrotar Vader, que iria revelar ser pai de Luke. Os sequels não conseguem chegar na profundidade esperada e trabalhada na franquia. Criam uma nova estrela da morte, desenvolvem Ben Solo, ou Kylo Ren, um sucessor de Darth Vader e que, na Nova Ordem, iria refazer a Estrela da Morte. Tentaram repetir tudo, sem profundidade, sem nada.
Além da clássica e principal história, mostrada na sequência dos filmes Star Wars I ao 3 (prequels - profundidade política e construção do Império), IV ao VI (a Rebelião posta e a queda do Império), e VII ao IX (o espírito do Império ainda está vivo e ressurge na Nova Ordem, mas é derrotado novamente), o universo Star Wars é expandido para Rogue One e Andor, que estão em uma linha temporal entre o episódio III ao IV, em que trabalham, em Andor, todo o processo de construção da Rebelião, que em Rogue One encontra o ápice no roubo dos planos da Estrela da Morte até serem entregues a Leia, e daí começa o episódio IV.
A franquia Star Wars se tornou cultura pop. São vendidos bonecos adoidados. "Que a força esteja com você" virou um "boa sorte". A profundidade política de Star Wars foi inundada pelo comércio e transfigurada pelos sequels. Até mesmo George Lucas tratou o universo como sendo feito para crianças. Star Wars tornou-se entretenimento, com lutas baratas de sabre de luz. Até que em 2016, nos é apresentado Rogue One.
Jyn Erso é filha do engenheiro que desenvolveu a Estrela da Morte, a forças, coagido pelo Império. Ele, porém, implantou um ponto fraco no reator da Arma Imperial, em que, destruída, explodiria toda a Estrela. Então, ela vai ao planeta em que o pai dela guardou os planos, junta com o capitão Cassian Andor, os envia para a nave de Leia e ela os consegue, enviando para a rebelião em Yavin. Daí se inicia a trama principal e o episódio IV. Leia com os planos, começam a trabalhar uma forma de destruir a Estrela da Morte, e daí se dá a Batalha de Yavin, em que Luke é o responsável de destruí-la por meio da força, em que nem Darth Vader é capaz de impedi-lo.
Andor tem seu fim no começo de Rogue One.
Cassian Andor é um trabalhador de Ferrix que está atrás de sua irmã desaparecida. Ao decorrer de suas buscas, descobre que seu planeta está correndo perigo, como as pessoas que ele ama, devido a ganãncia Imperial de dominar e conquistar. Por meio de uma narrativa fenomenal, Andor encontra a Rebelião, não em matéria, mas como símbolo, como espírito. O Manifesto da Rebelião é construído por um simples camponês, mas rico e potente revolucionário, em que seu sonho é o fim do domínio imperial, com sua marcada frase: "A opressão é a face do medo".
A série nos traz algo trabalhado superficialmente nos Sequels, a forma pela qual o Império se ergue diante da opressão de toda a Galáxia, em que, ao fim, descobrimos ser devido a construção da grande arma imperial de destruição em massa: A Estrela da Morte. Andor carrega em si toda a potência política que Star Wars carrega, como sendo uma analogia fantástica do combate ao fascismo, em que a Rebelião são todas essas almas que em si carregam a esperança de dias melhores, a vitória diante do mal, e o fim de todos os governos que oprimem os marginalizados e as minorias. O Império é a simbologia do fascismo, poder pelo poder, com toda uma burocracia carregada de orgulho e ódio. Enquanto que, a Rebelião, como matéria e espírito, é a face da esperança, em que a Força é muito mais que um poder místico daqueles que carregam o bem, é um sentimento revolucionário carregado pela esperança, que torna corajosos os que possuem medo da morte diante da luta contra a opressão. Por isso, ao decorrer da série, presenciamos a Força atuando em Ferrix, em Coruscant, e a posterióre em Jedd, em Scarrif (onde estão os planos da Estrela da Morte) e Yavin (onde ocorre a batalha de destruição da Estrela da Morte).
Andor e Rogue One não são entretenimento. Não venderam bonecos. Porém, entregaram a verdadeira essência de Star Wars: a esperança e a necessária e constante luta que deveremos engendrar contra a ameaça do fascismo que espreita todo o planeta em momentos de crise e ódio latente. Compreendemos em Andor todo o desenvolvimento da Rebelião, primeiro como símbolo e prática desorganizada, e depois como prática organizada e centralizada em Yavin, desde os camponeses de planetas rurais, até os Senadores de Coruscant.
Assista Andor, Assista Rogue One, e que a Força esteja com você.

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